Constelação Familiar

 Entenda. 


A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica que visa a trazer à luz o que está oculto nos relacionamentos familiares e interpessoais.


Este método coloca em evidência a conexão profunda que temos com a nossa família​, em uma ou mais gerações.


De maneira extensiva, a Constelação também é chamada de Sistêmica ​no sentido de ampliar o escopo de análise: não só as famílias podem ser analisadas, como outros sistemas interpessoais de relacionamentos​ (amigos, colegas de trabalho, empresas etc.).

A Constelação traz à tona os vínculos de amor e lealdade que podem estar emaranhados nos nossos destinos.

Em uma sessão podem-se trabalhar os problemas familiares, transformando o "amor que adoece" em "amor que cura"​. Quando a família provoca doenças é porque atuam destinos dentro dela que influenciam a todos. E, se algo de grave aconteceu numa família, isso pode prevalecer ao longo de gerações, o que demanda uma necessidade de compensação.

O sistema familiar tem uma força tão grande (que advém do afeto entre seus membros): quando aprendemos a usar esta força para restaurar a ordem, podemos mudar um destino negativo​.

As Constelações Familiares são uma inovadora abordagem psicoterapêutica que promove a identificação das “Ordens do Amor​”, pondo em evidência os profundos laços que unem uma pessoa à sua família, inclusive às gerações mais longínquas.

A tese de Hellinger é que estes laços são de tal maneira poderosos que, quando membros de uma dada geração deixam situações por resolver, membros das gerações posteriores serão forçados a sua resolução, permanecendo prisioneiros de fatos pelos quais não tem relação alguma ou são responsáveis.


Mas como entender essa hereditariedade?
- pelo lado místico​: trata-se de um lado mais rejeitado pela academia, que pressupõe que a memória seja “transmitida” como um “karma” de uma linha de parentesco;
- pela atuação inconsciente​: os membros mais antigos (que vivenciaram o problema ou “trauma”) são afetados pelo evento, o que afeta seu inconsciente, fortalecendo uma amargura diante da vida ou outros comportamentos que acabam afetando os membros mais novos, que
muitas vezes sequer sabem do evento primitivo.

De toda forma, o evento traumático gera um “clima familiar” (ou organizacional etc.) prejudicial, visto como um “sintoma”, que só poderá ser tratado quando identificadas as causas.

Assim, podemos dizer que exista uma transmissão transgeracional dos problemas familiares que cria uma cadeia de destinos trágicos​.

No entanto, este amor capaz de criar sofrimento é o mesmo que traz consigo a sabedoria da solução, logo que se torna consciente ao emergir no decurso da configuração de uma Constelação Familiar​, desde que os agentes estejam dispostos à conciliação e ao amor.

Uma fala que, ao fim de uma constelação, sugere um desfecho favorável, no sentido do que dissemos no parágrafo anterior:

“Agora compreendo um pouco das razões por meu pai ter agido assim; de certa forma, ele tinha suas razões, e sinto que que preciso entendê-lo e perdoá-lo”.

Primeira parte: “Agora compreendo que...” (entendimento); “... e sinto que...” (ação ou mudança de paradigma mental).

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